domingo, 28 de dezembro de 2014

UMBANDA ESOTÉRICA

UMBANDA ESOTÉRICA
SURGIMENTO DA UMBANDA

(Segundo a Umbanda Esotérica)

“Para melhor entendermos a Umbanda Esotérica se faz necessário tratarmos primeiramente sobre sua teoria do povoamento do planeta”.
Nos primórdios da Era Terciária do Cenozóico, em pleno Planalto Central Brasileiro, em meio a primatas e antropóides, surge à primeira humanidade, a Raça Vermelha,... Também conhecida por Tronco Tupy. Essa primeira raça, considerada um verdadeiro laboratório genético, foi chamada de Raça Pré Adâmica (1). (TRINDADE, 1994),
Na raça vermelha a Iniciação nos Mistérios ou Conhecimentos compreendia dois níveis, subdivididos em 7 graus. Do 1º ao 5º grau tínhamos os Mistérios ou Conhecimentos Menores e do 6º ao 7º tínhamos os Mistérios ou Conhecimentos Maiores. Os Iniciados nos Conhecimentos Maiores eram chamados de Tubaguaçus, condutores da Raça Vermelha.
Cabe ressaltar "que o próprio planeta, na época, era uno em seus aspectos geofísicos". (RIVAS NETO, 1999, Pág. 44) Ainda não havia ocorrido a cisão entre os continentes que então formavam um bloco único.
A forma humana mais aperfeiçoada ocorre na raça subseqüente, a Raça Adâmica. Nessa raça, juntamente com os "Filhos da terra", começam a encarnar os "Estrangeiros", provenientes de planetas da própria galáxia.
Os Espíritos Estrangeiros eram mais evoluídos e por isso ensinaram muitas coisas às tribos primitivas onde encarnaram, como a Língua Boa, polissilábica e eufônica, que obedecia a um metro sonoro divino, base de todas as línguas que seriam faladas na terra. Esta língua era chamada de Abanheenga.
Embora surgissem em território onde hoje fica o Brasil, essas raças migraram, para as demais regiões do globo.
Após a raça Adâmica surge a Terceira Raça raiz, a Raça Lemuriana (2) , também considerada de grande evolução moral. Cultuavam um Deus Único denominado TUPAN, e eram conhecedores do Mistério Solar, do Messias - O Cristo Cósmico. Nessa raça também ocorre à conscientização e aplicação das leis divinas chamadas naquele tempo de AUMBANDAN - O Conjunto das Leis Divinas.
 “A Raça Lemuriana dá lugar a Raça Atlante". (TRINDADE, 1994, Pág. 46) Com isto queremos dizer que esta teria tido um fim por motivos geológicos, passando a Raça Atlante a ser a raça predominante em número e em avanço no planeta. Porém alguns remanescentes lemurianos sobreviveram ao fim de seu continente, migrando para a África, Oceania e sul da Índia.
No final da raça Atlante a dinâmica reencarnatória dos Iniciados nos Mistérios Menores e do Tubaguaçus diminui vertiginosamente. Isso, somado ao fato de que começa haver a reencarnação de seres de baixa estirpe, que cultivavam desejos mesquinhos, tais como a vaidade, o egoísmo, a inveja e, principalmente, a prática de Magia Negra (3) , fez com que o padrão moral-vibratório decaísse, chegando a quase zero. Houve grandes guerras, levando ódio e sangue a lugares antes considerados sagrados. Devido a estes fatos, a Terra reage, tentando expulsar seus "marginais". Ocorrem grandes catástrofes, continentes inteiros afundam no mar enquanto outros surgem, ocorrem às cisões geológicas separando continentes, tal qual ocorre com os ideais dos homens, antes unidos e "agora" distanciados uns dos outros.
Antes de deixarem de reencarnar, o Tubaguaçus, prevendo a inversão dos valores morais e espirituais sentiram necessidade de ocultarem a Tradição do Saber, o Aumbandan, guardando-os em seus Grandes Templos Iniciáticos. Cunharam 78 placas de nefrita em alfabeto Abanheenga, as quais foram enterradas em território onde hoje fica o Brasil. Posteriormente os egípcios grafariam 78 placas de ouro contendo, de forma velada, a Tradição do Saber, embora esta Tradição já não tivesse mais a sua pureza primitiva. Esses conhecimentos velados receberam, então, o nome de Tarot e Kabalah, sendo desdobrada em duas formas (57 Arcanos Menores e 21 Arcanos Maiores) que, posteriormente Moisés transformaria em 56 Arcanos Menores e 22 Arcanos Maiores, supostamente porque seu alfabeto, o Hebraico, tinha 22 letras.
Voltando aos tempos de Atlântica, em meio à decadência em que esta se encontrava, houve a cisão do Tronco Tupy. Os remanescentes deste Tronco foram os Tupinambás e os tupis-guaranis. Os tupis-guaranis adulteraram a Tradição, deturpando-a e tornando-a cada vez mais distante de sua pureza original, enquanto que os Tupinambás a conservaram, dando lhe o nome de Tuyabaé-Cuaá. Os Tupinambás vieram a se instalar nas regiões sudeste e sul do Brasil, enquanto que os tupis-guaranis se instalaram nas demais regiões da América e posteriormente migraram para outras regiões. Essas migrações se deram, principalmente, pelo processo reencarnatório.
Os tupis-guaranis, apesar de terem deturpado completamente a Tradição Oculta, ainda apresentavam grande superioridade, levando evolução aos locais em que reencarnavam. Em suas migrações, atingiram o oriente, chegando à China, Tibete, Índia, influenciando o desenvolvimento dessas civilizações e também sendo influenciados por elas.
Essa miscigenação fez com que os tupis-guaranis pervertessem ainda mais a Tradição do Saber, o que levou os Tupinambás a reencarnarem no seio da África, entre os egípcios, que também eram remanescentes dos Atlantes, e lá se tornarem sacerdotes de Osíris e Ísis, influenciando toda a África, principalmente o povo Banto, que depois retornaria ao Brasil pelo processo escravagista. Foi através dos Tupinambás que foram grafadas as 78 placas de ouro no Egito, conforme já relatado.

 ”As reencarnações dos Tupinambás no Egito e também na Índia permitiram a fusão com os tupis-guaranis, que chegam a esses locais já recuperados e reintegrados a Lei”. 

Os povos africanos, assim como os índios brasileiros, são herdeiros da Tradição do Saber, o Aumbandan, mas, quando se dá o descobrimento do Brasil, as crenças destes povos já se achavam, novamente, deturpadas, permanecendo pouco do Conhecimento Oculto original.
Segundo a interpretação da Umbanda Esotérica, os portugueses, seguindo desígnios divinos, aqui aportaram para, sem o saber, unir novamente todas as raças, pois foi aqui que surgiu, pela primeira vez na terra, o Aumbandan. Utilizando-se dos poucos conceitos da Tradição que ainda havia entre os negros, brancos e índios e que ainda não haviam sido completamente deturpados, os Espíritos responsáveis pela restauração do Aumbandan foram, através de médiuns, alicerçando as bases do Movimento Umbandista, que numa primeira fase, visa abarcar o maior número de pessoas, no menor espaço de tempo possível, não selecionando valores.
Eis então que a Umbanda surge, não sendo o próprio Aumbandan, mas sim um movimento de restauração deste, e que busca evoluir até atingir esta meta. “Daí se explica o inicial sincretismo religioso, o posterior surgimento do culto de Umbanda Popular e em seguida o surgimento da Umbanda Esotérica que busca se aproximar, mais diretamente, da religião primitiva, da Tradição do Saber.”


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